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CCJ aprova fim do voto secreto em todas as decisões do Congresso

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal aprovou, no começo da tarde desta terça-feira (18), a PEC (Projeto de Emenda Constitucional) que extingue o voto secreto. A proposta prevê o fim do sigilo em todas as votações do Poder Legislativo.
No começo da reunião, o relator da proposta, Sérgio Souza (PMDB-PR), havia apresentado uma reformulação do seu parecer, determinando o voto aberto apenas nos casos de cassação de mandato de parlamentares. Mas, em decorrência das manifestações de vários senadores, voltou atrás e restabeleceu seu parecer original, a favor do voto aberto em todos os casos.

O relatório original do senador recebeu voto favorável da maioria dos integrantes da CCJ e vai, agora, à deliberação do Plenário do Senado, em dois turnos de votações.

O fim do voto secreto

A polêmica em torno do voto secreto em sessões de cassação de mandato teve início no final de agosto, após votação apertada na Câmara manter o cargo de Natan Donadon (ex-PMDB-RO), condenado pelo STF a 13 anos e quatro meses prisão por peculato e formação de quadrilha. Posteriormente o ministro do Supremo Luís Roberto Barroso concedeu liminar que suspendeu a sessão que beneficiou o deputado.

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FIM DO VOTO SECRETO: A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara aprovou no dia 26 de junho a proposta de emenda à Constituição que acaba com o voto secreto em processos de cassação de mandato. A proposta, que já foi aprovada no Senado, vai a uma comissão especial da Câmara que será criada para analisá-la. Na foto, deputados federais da Frente Parlamentar em Defesa do Voto Aberto fazem ato na Câmara dos Deputados, em Brasília Leia mais Pedro França/Futura Press/Folhapress
Após reações negativas de ministros da corte e da população, a Câmara desengavetou a PEC de autoria do ex-deputado Luiz Antônio Fleury Filho (PTB-SP) que já havia sido aprovada em primeiro turno pelo plenário da casa em 2006.
A medida foi considerada pela liderança tucana no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), como uma "manobra para inviabilizar a aprovação rápida da questão central: o voto aberto em casos de cassação de mandato". (Com Agência Senado)
MATÉRIA UOL.COM.BR

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