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O
paleontólogo Oliver Hampe, do Museu de História de Natural de Berlim,
na Alemanha, anunciou uma nova espécie de plesiossauro depois de ter
achado as ossadas do animal pré-histórico em uma gaveta, onde estava
guardada sem classificação há um século. O "Gronausaurus wegneri" era
uma espécie de réptil marinho que media entre até 3,5 metros de
comprimento e nadava em águas costeiras e deltas de rios há cerca de 137
milhões de anos, no período do Cretáceo Inferior - por serem
terrestres, os dinossauros pertencem a um grupo diferente dos
plesiossauros Naturkundemuseum Berlin
O Museu de História de Natural de Berlim anunciou na última semana a descoberta da espécie de réptil marinho Gronausaurus wegneri, que habitava águas costeiras e deltas de rios há cerca de 137 milhões de anos, no período do Cretáceo Inferior.
Em entrevista à BBC Brasil, o paleontólogo Oliver Hampe, responsável pela descoberta, explicou não ser comum encontrar depósitos do Cretáceo Inferior pelo mundo, na comparação com o período Jurássico ou do Cretáceo Superior.
"Por isso, [a descoberta] faz aprendermos mais sobre a evolução no período, principalmente do grupo dos Plesiossauros."
O "monstro" pré-histórico, como é chamado pelo museu, media entre 3 metros a 3,5 metros de comprimento, pequeno em relação a outros plesiossauros - que podiam chegar a ter até cerca de 20 metros de comprimento - e aos vizinhos mais famosos do período, os dinossauros - que por serem terrestres, pertencem a um grupo diferente.
Bons nadadores, o Gronausaurus wegneri não possuía braços ou pernas, sendo semelhantes ao "primo" Leptocleidus capensis, também da família de répteis aquáticos Leptocleididae.
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Equipe
internacional de cientistas descobriu a evidência mais antiga do elo
entre primatas do Velho Mundo, que inclui hoje babuínos e macacos, e do
Novo Mundo, grupo que deu origem a símios e hominídeos. O grupo liderado
pela paleontóloga Nancy Stevens encontrou dois fósseis na Tanzânia, na
África, que mostram que os dois grupos se separaram de seu ancestral
comum no final do Oligoceno, entre 25 milhões e 30 milhões de anos
atrás. A mandíbula com alguns dentes preservados (detalhe à direita)
pertenceu a um "Rukwapithecus fleaglei", um hominídeo até então
desconhecido (centro da ilustração), enquanto o molar foi de um
"Nsungwepithecus gunnelli" (de perfil, à direita), nova espécie de um
cercopitecóide (macaco com cauda), indicam as análises genéticas dos
fósseis Leia mais Mauricio Antón & Patrick O'Connor/Ohio University
Os ossos do plesiossauro estudado foram encontrados em escavações na região da Renânia do Norte-Vestfália, na fronteira entre a Alemanha e os Países Baixos, em 1912, junto a outros achados fósseis. Entre estes, estava o Brancasaurus brancai, descoberto pelo paleontólogo Theodor Wegner, em 1914, que também registrou nos seus escritos a existência de um segundo esqueleto não-classificado.
Guardado pelo Museu Geológico da Universidade de Münster, o fóssil do Gronausaurus wegneri só caiu nas mãos de Hampe no começo dos anos 2000, que o transferiu para o Museu de História Natural de Berlim para pesquisa.
Entre o trabalho com esse material e outros projetos paralelos, foram cerca de dez anos para confirmar que era realmente uma nova espécie'', contou.
O fato de o esqueleto pré-histórico ficar engavetado por um século não é um acontecimento isolado e é possível que outras descobertas do tipo ainda sejam feitas.
"Isso é comum, na verdade. Quando o cientista vai a campo, ele geralmente encontra mais material do que é capaz de trabalhar e cuida primeiro daquele encontrado diretamente. O restante é armazenado para avaliação futura e pode ser esquecido", segundo Hampe.
O esqueleto do Gronausaurus wegneri pertence ao Museu Geológico da Universidade de Münster e ainda não há previsão para ser exibido ao público.
MATÉRIA UOL.COM.BR
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