Recursos para duas offshores no Uruguai, isso já vimos antes na época do Ex Presidente Fernando Henrique, quando José Serra era Ministro.
Siemens colabora com investigação da PF desde 2012
A Polícia Federal investiga pagamento de propina e corrupção internacional no caso Siemens --que passou a colaborar com a investigação no ano passado.
O inquérito apura se houve pagamento de comissão para servidores
públicos em favor de empresas contratadas para venda de equipamentos e
prestação de serviços à CPTM e aos metrôs de São Paulo e Distrito
Federal.
Em 2012, executivos da multinacional alemã prestaram depoimento ao
delegado Rodrigo Sanfurgo, chefe da Delefin (que apura ilícitos
financeiros). Atendendo a solicitação da PF, a Siemens enviou documentos
da Alemanha para o Brasil.
Neste ano, a empresa delatou às autoridades antitruste brasileiras a
existência de um cartel --do qual fazia parte-- para compra de
equipamento ferroviário, construção e manutenção de linhas.
Em troca das informações, a Siemens assinou um acordo no Cade (Conselho
Administrativo de Defesa Econômica), que pode garantir imunidade à
empresa. Embora tenha reconhecido participação em cartel, ela resiste,
segundo autoridades, a confirmar propina nas licitações.
Na PF, a expectativa é que as investigações ganhem impulso com os
documentos obtidos na operação realizada após a confissão de cartel.
Uma carta anônima enviada ao ombudsman da Siemens foi, em 2008, a origem da investigação da PF.
Na carta, enviada à direção da Siemens na Alemanha, o delator denuncia informações endossadas hoje pela multinacional ao Cade.
Em 2008, o delator informava a formação de cartel para três
concorrências. Na denúncia, ele acusa funcionários do governo de São
Paulo de receber comissão de 7,5% para beneficiar empresas.
Pela denúncia, duas empresas foram subcontratadas para repassar recursos para duas offshores no Uruguai.
A Siemens informou que "coopera integralmente com as autoridades,
manifestando-se oportunamente quando requerido e se permitido pelos
órgãos competentes".
O governo paulista diz ser "o maior interessado em esclarecer as
denúncias", para punir eventual envolvimento de servidores e buscar
ressarcimento. Diz considerar positivo que Promotoria e PF auxiliem nas
investigações.
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