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Jon Jones e pego no exame anti-doping por uso de COCAINA


UFC 182 tem Jon Jones contra Daniel Cormier16 fotos

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Jon Jones vibra com vitória sobre Daniel Cormier pelo UFC 182 Leia mais Jeff Bottari/Zuffa LLC/Zuffa LLC

Duvido que qualquer fã ferrenho, espectador casual e até mesmo quem vê o MMA à distância não tenha tomado um enorme susto com a notícia de que Jon Jones, o maior astro do UFC da atualidade, tinha dado entrada em uma clínica de reabilitação para usuários de drogas. Isso três dias depois de ter vencido Daniel Cormier com propriedade e defendido o cinturão dos meio-pesados pela oitava vez consecutiva.
É uma situação quem envolve muitos debates, desde questões morais, em relação ao uso de drogas por parte de um atleta tão famoso e com tantos seguidores, até esportivo, tratando-se do flagrante de doping e de possíveis punições com isso.
A primeira reação do Ultimate foi proteger seu principal lutador – como já fez em um caso anterior, quando Jones destruiu um carro após beber e dirigir. O UFC e Dana White já publicaram mensagens de completo apoio ao atleta nesta luta contra seu “problema” (nunca foi usada a palavra “vício”).
A priori, a franquia está correta, dando apoio a um funcionário com um sério problema. Drogas são uma das maiores mazelas da humanidade. Pessoas e famílias inteiras são destruídas pelo uso de cocaína, sem entrar no mérito moral da questão, se está certo ou errado ele usar qualquer tipo de droga. Jones diz que identificou um problema e vai trata-lo.
Mas, neste momento, fica difícil acreditar que Jon Jones seja um usuário recorrente de cocaína. Os efeitos da droga não condizem com a preparação de um atleta de altíssimo nível como ele. Mais que isso, se fosse viciado, provavelmente teria caído em outros exames antidoping – ele fez mais uma surpresa depois do flagrante e outros na semana da luta.
Com essa internação, o dono do cinturão dos meio-pesados e o UFC levantam uma bandeira de combate ao uso de drogas e transformarão um grave caso de doping em uma história de heroísmo, onde um atleta superou o vício para se reerguer como campeão. Dessa forma, um possível caso de uso recreativo de cocaína por parte de um astro do esporte – ou seja, um exemplo ruim – ficará escondido.
Mas e a punição?
O que causou mais estranheza neste caso foi o fato de, apesar de Jon Jones ter sido flagrado em um exame antidoping surpresa, ele ter feito a luta contra Daniel Cormier sem qualquer tipo de punição. Essa questão é legal: a Agência Mundial Antidoping (WADA) não pune atletas pelo uso de cocaína e seus derivados fora das competições. Para a entidade, é diferente de anabolizantes, por exemplo, que melhoram desempenho durante treinamentos.
Agora, esse caso abre uma grande discussão. A própria Comissão Atlética do Estado de Nevada vai debater com a WADA se não é o caso de ampliar as punições para situações como essa ou o tempo que é considerado fase de competição. Se o flagrante tivesse sido na semana da luta, ela seria considerada sem resultado e o UFC poderia (e deveria) tirar seu cinturão.
MATERIA uol.com.br

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