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Quadrilha que assaltou turistas brasileiros pode ter envolvimento com a polícia venezuelana

Vítimas relatam que Corpo de Investigações Científicas Penais e Criminalísticas (CICPC) trabalha com a hipótese de um possível envolvimento de policiais venezuelanos no caso. Até esta segunda-feira (23), a polícia venezuelana não entrou em contato com as vítimas para dar mais informações sobre o caso

 

Quadrilha que assaltou brasileiros, entre eles amazonenses, em um luxuoso hotel na ilha de Margarita pode ter ligações com a polícia venezuelana. As informações correspondem a dados do Corpo de Investigações Científicas Penais e Criminalísticas (CICPC) repassados às vítimas ainda na Venezuela.
Segundo uma das vítimas brasileiras, que não quis se identificar, o assalto aconteceu por volta das 23h30 da última quarta-feira (18), quando um venezuelano, aparentemente bem vestido, entrou no hotel pelos fundos procurando uma pessoa que teria marcado para trocar a moeda local por real.
“O venezuelano chegou próximo a um grupo que estava saindo de um carro e anunciou o assalto. Outros 14 homens vestidos de preto e com armas militares automáticas começaram a render as pessoas e nos levaram para dois quartos. No local pediam para que não olhássemos pros rostos deles”, contou a vítima.
Detalhes
A vítima relata que os assaltantes se comunicavam via mensagens por aparelhos celulares (SMS) e que a cada mensagem recebida havia uma ordem diferente para com os brasileiros. “Eles nos amarraram e alguns de nós levamos coronhadas. Depois nos deixaram trancados e foram até os nossos quartos onde levaram tudo o que tínhamos: dinheiro, roupas, nossas compras, nossos eletrônicos”, conta.
Segundo a vítima, durante toda a ação outros homens que estavam nos corredores do hotel se comunicavam via rádio, semelhante às usadas pelos policiais. “Eles usavam o rádio pra encontrar a freqüência da polícia e se comunicarem entre si. Essas pessoas ficavam responsáveis para verificar se estava acontecendo tudo certo. Acreditamos que devia haver outras pessoas do lado de fora do hotel e que esses se comunicavam com eles também por rádio”.
“Depois que percebemos que não havia mais movimento, começamos a nos desamarrar e conseguimos abrir a porta usando um cartão de crédito. A polícia só chegou ao hotel às 9h30 de quinta-feira (19), mas nada nos foi entregue nenhum dos nossos pertences”, relata.
A vítima conta que, durante as investigações preliminares, membros do CICPC chegaram a afirmar que havia fortes suspeitas do envolvimento da quadrilha com policiais venezuelanos: “Ele nos disse isso porque o crime foi muito bem pensado e o uso de armas e demais materiais da polícia local”, conta.
NOTICIAS acritica.com.br

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