Uma mulher de fibra teve que aparecer pelas bandas de cá, a deputada federal Érika kokay, bater na porta do Judiciário, para perguntar em que gaveta estão “adormecidos”, há mais de cinco anos, os processo contra o ex e agora atual prefeito de Coari, Adail Pinheiro. Ele já foi acusado de tudo que é tipo de coisa – dá uma lista de delitos do tamanho da distância de Manaus a Coari. Plagiando o deputado federal Francisco Praciano, “ele não tem currículo, tem ficha corrida”. É acusado em processos administrativos por formação de quadrilha, desvio de recurso público, inclusive de convênios federais, lavagem de dinheiro, fraudes em licitação, ao todo são 17 crimes dos quais ele é réu. E, as denúncias contra o ex e atual prefeito de Coari não se restringem a esfera administrativa. Ele foi denunciado em mais de 100 processos por crime de pedofilia, definido até mesmo em textos jurídicos como “um ato repugnante, imundo, horrendo, sórdido, ou seja, ato indiscutivelmente nojento, segundo os padrões da moral vigente”. Mas, esse ato repugnante, imundo e horrendo contra as nossas crianças e adolescentes parece não causar nenhuma reação nos homens da Justiça. A letra das Leis é fria, e, pelo que parece, o estômago e coração deles também.
Nem sequer relator
E teve que a presidente da CPI da Câmara Federal que investiga a exploração sexual de crianças e adolescentes no País, deputada Érika Kokay, ir atrás dos processos contra o prefeito Adail Pinheiro, que há anos estão no Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas (TJAM), pra todo mundo ficar sabendo que esses processos sequer têm relator até hoje. Resta saber se a culpa é do setor de distribuição de processos que não encaminhou para relatoria de algum desembargador,ou se os processos contra Adail estão no roll do “toma que o filho é teu”, nenhum desembargador quer relatar.
Impressão? Sensação?
“Há uma impressão de morosidade muito grande. Uma sensação de impunidade aqui no Amazonas”, disse Érika kokay. A parlamentar federal foi amena e politicamente correta, porque no Amazonas não existe só uma sensação de impunidade, ela é tão palpável que pode ser comparada a um peso de toneladas que esmaga os cidadãos comuns e protege os poderosos.
Sindicância
E o presidente do TJAM, desembargador Ari Moutinho disse que vai abrir uma sindicância para apurar porque esses processos, após passados cinco anos sequer foram relatados. Mas, pelo amor de Deeeeus, se é pra fazer sindicância que dure mais um tempo infindável para apurar o que não foi feito, é melhor é tomar providências para que, agora, os processos sejam julgados, não é mesmo?
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