O prefeito de Coari, Arnaldo Mitouso (PMN), em resposta as críticas feitas sobre o sistema de saúde pública do município pelo médico (contratado) Ecir Ferreira Mendes, disse que já esperava essa reação por parte de alguns médicos que antes faziam parte do quadro de contratados da área de saúde e não terão seus contratos renovados. Segundo o prefeito, o motivo da não renovação desses respectivos contratos é de que foram detectadas distorções legais, com vantagens e gratificações salariais de até 300% , aprovadas pelo ex-secretário de administração do município (Evandro Morais), que elevam esses salários acima do teto constitucional, atingindo valores de até R$ 25 mil reais, enquanto profissionais com a mesma formação recebiam v alores bem menores e, com o agravante, de que esses médicos que recebiam vantagens diferenciadas ainda ficavam ausentes do município, sem prestar o horário de trabalho determinado em seus contratos.
“Foi formada uma comissão com representantes das secretarias de Administração e Finanças, e representantes dos servidores. Foram realizadas três reuniões. Os salários foram fixados de comum acordo, desta vez legalmente, com valores que eu peço que sejam comparados com os praticados em outros municípios e até em outros Estados, salários dignos de profissionais dessa área. Os próprios profissionais da área médica, assim como ficou acertado durante as reuniões, entregaram uma lista de equipamentos e utensílios médicos a serem comprados, como por exemplo, determinaram a troca dos desfibriladores, que já ultrapassaram o tempo de uso. Minha ordem é que tudo seja cumprido de acordo com o que é solicitado pelo pessoal da saúde”, explicou Mitouso.
Comprovando suas declarações, Mitouso lembra que está publicado no Diário Oficial de hoje o edital de convocação de processo seletivo (ver anexo), aberto para todo o País, com a contratação de médicos. O período de trabalho é de 15 dias. O menor salário é de R$ 13.200,00 (treze mil e duzentos reais). Os clínicos gerais que serão contratados para as 12 Unidades Básicas de Saúde (UBS) que existem em Coari vão receber salários de R$ 16.000,00 (dezesseis mil reais) e médicos especialistas terão salários de R$ 17.496,00 (dezessete mil e quatrocentos e noventa e seis reais). “E, vale ressaltar que temos todo um corpo de profissionais efetivos que estão trabalhando. Esses médicos vão substituir esses que não terão seus contratos renovados e també m não vamos aturar mais qualquer falha no atendimento médico. Queremos gente com compromisso com Coari. Quem quer ser candidato faça campanha fora dos hospitais”, esclarece.
E, para que seja feito um paralelo entre a saúde pública que é feita em Coari e em outros municípios do Estado, Mitouso lembra que Coari não se resume ao hospital geral. “São 12 UBS, uma policlínica que inauguramos ano passado com especialidades médicas que só existem na capital, o Centro de Atenção Psico-social, com psicólogos e psiquiatras, a Residência Terapêutica, com instalações próprias para o tratamento de dependentes químicos e o Instituto de Medicina Tropical, com todo o seu quadro de infectologistas. Mas, fazemos saúde, enquanto tem médico querendo usar a dor do povo pra fazer política”, critica Mitouso.
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