A
queda de um meteorito feriu cerca de mil pessoas na região russa de
Tcheliabinsk nos montes Urais na manhã desta sexta-feira (15). O objeto
com aproximadamente 10 toneladas causou danos em 80 quilômetros da
cidade de Satki, por volta das 9h20 horário local.
De
acordo com a ministra regional de saúde da cidade, Marina Mokvicheva,
985 pessoas procuraram atendimento médico após terem sido atingidas por
estilhaços e desabamentos do choque e da explosão do meteorito.
Os
habitantes de Tcheliabinsk foram orientados a voltar para suas casas, o
governo russo orientou que as escolas da cidade sejam fechadas. Os
pousos e decolagens não foram interrompidos até o início da tarde desta
sexta-feira (15).
Asteroide
O
2012 DA14 é o primeiro asteroide de 45 metros de comprimento a ser
observado a apenas 27,7 mil quilômetros da crosta terrestre. A
distância equivale a menos de um décimo dos 384 mil quilômetros que
separam a Terra da Lua. A distância mínima será atingida quando o corpo
celeste, de 130 mil toneladas, estiver na direção do Oceano Índico,
perto da Ilha de Sumatra, na Indonésia, e será possível vê-lo com ajuda
de instrumentos em partes da Ásia, Oceania, Europa e África.
"É
a primeira vez que a gente sabe que um objeto desses vai passar tão
perto da Terra. E, como ele tem um período que é conhecido, isso gera
uma oportunidade, por exemplo, para, no futuro, um projeto de mandar uma
sonda até lá, para examinar mais de perto esse objeto. Como ele está
passando muito perto, ele pode ser estudado com mais precisão" destaca o
astrônomo Eugênio Reis, do Museu de Astronomia e Ciências Afins, que
descarta o risco de colisão.
Por
passar tão perto da Terra, no entanto, o 2012 DA14 entrará no Anel
Geoestacionário, área em que orbitam os satélites e a Estação Espacial
Internacional, que também não devem ser atingidos pelo asteroide. De
acordo com Eugênio Reis, a passagem não causará interferência nos meios
de comunicação, pois o corpo celeste é uma rocha pequena que não emite
qualquer tipo de radiação. Entretanto, as gravidades da Terra e da Lua
mudarão a órbita do asteroide, que reduzirá sua translação (órbita em
torno do Sol) de aproximadamente 366 dias para menos de 320, o que
deixará os encontros com o planeta mais raros.
De acordo com informações do site da Nasa, a agência espacial norte-americana,
o asteroide "chega perto" da Terra duas vezes durante sua órbita, mas a
próxima vez em que essa proximidade será relevante será apenas em
2046, quando a distância será cerca de 1 milhão de quilômetros. Às 13h
de hoje (14), a página da agência na internet estimava que o asteroide estava a cerca de 643 mil quilômetros da Terra, aproximando-se a uma velocidade de 28,1 mil quilômetros por hora.
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