Belão’, como é conhecido, responderá na Justiça Estadual por improbidade administrativa, dano ao erário e violação ao princípio constitucional da legalidade, impessoalidade e moralidade
‘Aquele que não fez, atire a primeira pedra’
Processado por
corrupção, o deputado estadual Belarmino Lins incluiu todos os membros
do Poder Legislativo em práticas que, para o MP, caracterizam
improbidade
O
vice-presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE/AM),
deputado estadual Belarmino Lins (PMDB), afirmou, na manhã desta
segunda-feira (18), que a concessão de passagens aéreas para terceiros,
incluindo membros da família, era um “costume” do Poder Legislativo e
que, por isso, não pode ser punido “por aquilo que era uma prática geral
no Brasil inteiro”.
“Aquele
que não fez, atire a primeira pedra à frente do deputado Belarmino,
porque isto era uma regra costumeira nos parlamentos brasileiros, porque
não havia proibição”, argumentou o deputado, em discurso no plenário da
Assembleia Legislativa do Estado.
‘Belão’,
como é conhecido, responderá na Justiça Estadual por improbidade
administrativa, dano ao erário e violação ao princípio constitucional da
legalidade, impessoalidade e moralidade. A ação do Ministério Público
Estadual (MPE/AM) está na 4ª Vara da Fazenda Pública Estadual.
De
acordo com o MP, o deputado “obteve vantagem em prejuízo ao patrimônio
público estadual” ao patrocinar, com dinheiro do caixa da Assembleia
Legislativa do Estado, passagens aéreas que garantiram as férias de seus
parentes no Nordeste, o que o Ministério Público classificou de “típica
excursão turística e familiar”.
O parlamentar também é processado,
na mesma ação, por empregar a mãe e filhos no Poder Legislativo
Estadual. A ação pede a indisponibilidade dos bens do parlamentar,
bloqueio das contas, perda da função pública e a suspensão de seus
direitos políticos pelo prazo de cinco a oito anos.
“Ora,
o que não era proibido a nível nacional não poderia ser proibido ao
deputado Belarmino Lins. Por exemplo, a prática do nepotismo, a emissão
de passagens para terceiros e membros da família”, defendeu-se o
parlamentar.
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