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Forças Armadas e polícias empregarão 25 mil militares na operação Ágata 7

Fronteira do Brasil será vigiada de Norte a Sul para combater crimes

Forças Armadas e polícias empregarão 25 mil militares na operação Ágata 7, considerada uma mega operação militar voltada à segurança pública

A Operação Ágata, que está na sétima edição, faz parte do plano estratégico de fronteiras dos ministérios da Defesa e da Justiça, e deve envolver 25 mil militares
A Operação Ágata, que está na sétima edição, faz parte do plano estratégico de fronteiras dos ministérios da Defesa e da Justiça, e deve envolver 25 mil militares (Bruno Kelly )
Aproximadamente 25 mil militares do governo brasileiro irão vigiar simultaneamente, a partir dos próximos dias, mais de 16 mil quilômetros de fronteira do Brasil com dez países sul-americanos. Estarão envolvidos 11,5 mil militares do Comando Militar da Amazônia (CMA). A operação Ágata 7 é considerada uma mega operação militar voltada à segurança pública e terá o objetivo de combater crimes transfronteiriços, principalmente o tráfico de drogas na região amazônica.  
Segundo o Ministério da Defesa, também serão combatidos garimpos irregulares na fronteira com as Guianas, pistas de pouso irregulares, contrabando de armas e mercadorias ilícitas no oeste e sul da fronteira e a entrada de explosivos pelo sul do País.
Os locais específicos são mantidos em sigilo pelo Ministério da Defesa, mas as maiores concentrações de tropas devem ficar situadas nas regiões dos Municípios de Tabatinga, no Amazonas, Foz do Iguaçu, no Paraná, Assis Brasil, no Acre, e Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul.
De acordo com o CMA, a região de Tabatinga (localizada a 1.105 quilômetros de Manaus) será uma das situadas ao longo da fronteira amazônica que terá prioridade das ações desenvolvidas.
A intensificação da presença do governo brasileiro nestas regiões acontece um mês antes do início da Copa das Confederações e da Jornada Mundial da Juventude, que receberá o Papa Francisco.
Além de homens das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica), a Operação Ágata 7 contará ainda com a participação das polícias Federal, Rodoviária Federal, Militar e Civil dos Estados envolvidos. A ação será percebida por cerca de seis milhões de brasileiros que vivem próximo às fronteiras.
De acordo com o Ministério da Defesa, serão cobertos 16.886 quilômetros de fronteira com dez países. A mega operação foi anunciada em abril passado pela presidente Dilma Rousseff e será a primeira vez que os comandos militares da Amazônia, do Oeste e do Sul trabalharão integrados em uma mesma operação. Segundo o CMA, todas as Brigadas de Infantaria de Selva participarão da Ágata 7.
A mega operação estará focada nas fronteiras com a Bolívia, Paraguai, Uruguai, Argentina, Venezuela e Colômbia, de onde, segundo o governo brasileiro, se originam as maiores cargas de contrabando e tráfico de drogas. As tropas de militares serão espalhadas em pontos da fronteira que já vêm sendo investigados há cerca de um mês por cem militares dos setores de Inteligência das Forças Armadas.
Embora a data específica de início da ação seja sigilosa, foi anunciado apenas que a operação Ágata 7 deve começar este mês e durar cerca de três semanas.
Caças para interceptar aeronaves
Os principais meios de transporte das tropas militares para as regiões mais remotas devem ser helicópteros. Caças Super Tucano da Aeronáutica serão usados na mega operação para interceptar aviões suspeitos e drones (aviões não tripulados) farão vigilância aérea.
Conforme informações do Ministério da Defesa, embarcações de patrulha da Marinha devem interditar os principais rios que cruzam a fronteira e blindados do Exército ocuparão as estradas que dão acesso ao país. Todos os militares envolvidos levarão armamento letal e terão poder de polícia.
MATÉRIA ACRITICA.COM

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