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CPI da Pedofilia convocará secretários de Coari para depor

Comissão convocará, também, outros dois funcionários
A deputada Érika Kokay é a presidente da CPI da Pedofilia, no Congresso, e esteve em Coari no último dia 20 Foto: Luis Macedo / Ag. Câmara A deputada Érika Kokay é a presidente da CPI da Pedofilia, no Congresso, e esteve em Coari no último dia 20

Manaus Dois secretários municipais de Coari serão convocados a depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, informou a relatora da comissão, deputada federal Liliam Sá (Pros-RJ). Serão ouvidos pela CPI o secretário municipal de comunicação de Coari, Daniel Maciel, e a secretária de Desenvolvimento Social, a psicóloga Margarida Carvalho.
Segundo a relatora, também devem ser convocados o motorista de Maciel, conhecido como ‘Geraldão’, e, ainda, outro homem identificado apenas por Nelson. Ambos possuem cargos comissionados na Prefeitura de Coari.
Os requerimentos com as convocações devem ser apreciados na próxima semana, quando os trabalhos na comissão retornam logo após a semana do carnaval. “Na semana passada, houve reuniões de comissões e uma grande movimentação na Câmara que impossibilitou a realização de uma reunião da CPI”, frisou a presidente da CPI, deputada federal Érika Kokay (PT-DF). A próxima reunião da comissão está agendada para o dia 11 de março.
Sobre o secretário de Comunicação, a deputada federal Érika Kokay informou que, durante os depoimentos em Coari, no ultimo dia 20, testemunhas apontaram Maciel e sua equipe de trabalho como responsável por intimidação e ameaças na cidade. “Tivemos informações de que pessoas ligadas a ele (o secretário) estariam ameaçando pessoas em Coari.
Quanto à secretária de desenvolvimento social, a presidente da CPI informou que Margarida cometeu atos de ilegalidade ao se apropriar de documentos confidenciais nos conselhos tutelares. “Ela cometeu uma ilegalidade ao vasculhar todas as denúncias do Conselho Tutelar (de Coari). Enfim, coagiu os conselheiros tutelares e entrou em conflito com a lei ao não preservar o sigilo e a privacidade das pessoas que apresentaram denúncias no Conselho Tutelar”, afirmou a deputada.
De acordo com a Érika Kokay, o secretário de Comunicação de Coari é suspeito de promover ações de intimidações contra pessoas que foram testemunhas nas denúncias de pedofilia envolvendo o prefeito de Coari, Adail Pinheiro.
A presidente da CPI revelou, ainda, que irá apresentar ao Ministério Público do Amazonas os nomes de pessoas que  também estão envolvidas em ameaças contra testemunhas dos crimes envolvendo o prefeito Adail Pinheiro. “Ainda estamos levantando estes nomes apresentados que tem esta postura de intimidação de ameaça, que querem impedir a ordem pública, a correta tramitação processual e vamos também solicitar que elas tenham a prisão preventiva decretada pela Justiça do Amazonas”, afirmou.
No dia 20, membros da CPI visitaram Coari acompanhados de uma força tarefa formada por órgãos do governo estadual e federal. No município do médio Solimões, a CPI visitou duas residências que foram alvos de disparos de armas de fogo após moradores terem testemunhado na comissão contra o prefeito Adail Pinheiro.

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