Magistrados trabalhistas entendem que as denúncias dos irmãos Oliveira sobre corrupção no judiciário são "fruto de imaginação fantasiosa ou de mentes alteradas pela utilização de bebidas alcoólicas" de ambos
Matéria acritica.com.br
Os irmãos Josildo (amarelo) e Givancir Oliveira (azul) fizeram
denúncias após serem reconduzidos aos cargos que ocupavam no Sindicato
dos Rodoviários
A
Associação dos Magistrados do Trabalho da 11ª Região (Amatra XI) veio a
público responder os comentários feitos pelos irmãos Givancir, Josildo e
Jaildo de Oliveira, membros da diretoria do Sindicato dos Rodoviários
que foram reconduzidos aos cargos por força de decisão liminar expedida
no último domingo (11).
Segundo
eles, um suposto “esquema de corrupção” envolvendo autoridades,
empresários e juízes teria sido posto em ação para que os irmãos fossem
destituídos.
Em
nota, a associação esclarece que “os juízes, embora possuam as
garantias exigidas pelas altas funções que desempenham, exatamente para
[que] sejam imunes às ingerências políticas e econômicas, não são seres
robotizados, despidos de visões de mundo próprias de suas
individualidades”.
Ela
também afirma que “o único condicionamento que [os juízes] possuem é o
de decidir de acordo com suas consciências e com as leis, não
significando, da mesma forma, que magistrados de instâncias diversas
sejam honestos ou desonestos apenas porque divergem sobre determinado
assunto, como se a divergência de ideias não constituísse o principal
elemento de evolução do patamar civilizatório”.
Ainda
de acordo com a manifestação da associação, as declarações dos irmãos
são “opiniões de uma das partes em um processo em curso, e que, ao que
tudo indica, são fruto de imaginação fantasiosa ou de mentes alteradas
pela utilização de bebidas alcoólicas, visto que não se baseiam em
fatos, mas em suposições que teriam por base afirmações de terceiros”.
Sinetram também se posiciona
De
sua parte, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do
Estado do Amazonas (Sinetram) também entende as acusações divulgadas
pelo Sindicato dos Rodoviários como absurdas e deve entrar com uma ação
judicial por conta da acusação.
Segundo
o assessor jurídico do Sinetram, Fernando Borges, há mais de dois meses
o Sinetram está tentando um acordo para a Convenção Coletiva 2014/2015,
mas o acordo não chega ao fim por conta da má-fé dos sindicalistas.
A
entidade aguarda os sindicalistas entrarem com o Dissídio Coletivo no
Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para a convenção 2014/2015. As
propostas de reajuste para a convenção é de 6% de reajuste salarial,
7,18% na cesta básica, 10% no tíquete refeição e 16,67% no lanche, o que
resultou uma proposta de reajuste médio de 9,96%. Com o reajuste, o
salário dos motoristas e cobradores passaria a ser R$ 1.920,75 e R$
960,37, respectivamente.
CPI do transporte público
Diante
da situação, na manhã desta segunda-feira (12), o vereador Waldemir
José (PT) retomou o pedido de Comissão de Parlamentar de Inquérito (CPI)
para investigar o sistema de transporte público da cidade. O pedido já
havia sido em feito em 2013.
Segundo
o parlamentar, a comissão serviria para investigar denúncias, feitas
pelos diretores do Sindicato dos Rodoviários, da existência de uma
suposta quadrilha na Superintendência Municipal de Transportes Urbanos
(SMTU) que beneficia o transporte clandestino na cidade.
Os
diretores também alegam que houve uma oferta de propina no valor de R$ 1
milhão para que eles não assinassem a convenção coletiva, bem como de
que existem empresários e juízes envolvidos no afastamento da diretoria
do Sindicato.
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