Relação inclui prefeitos e ex-prefeitos do interior considerados ‘fichas sujas’
segunda-feira 16 de junho de 2014 - 7:30 AM Camila Carvalho / portal@d24am.com
MATÉRIA diariodoamazonas.com.br
O prefeito afastado de Coari, Adail Pinheiro, também tem
contas rejeitadas pelo TCU. Adail está preso em Manaus Jair Araújo 12/06/2008Manaus - Trinta dos 36
ex-prefeitos e prefeitos do interior do Estado considerados ‘fichas
sujas’ pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM) têm condenações nos
últimos oito anos no Tribunal de Contas da União (TCU).
Juntos,
eles foram condenados pelo TCU a pagar o valor de R$ 13,2 milhões,
referentes à devolução de recursos federais recebidos e não aplicados e
multas por irregularidades na gestão dos valores recebidos. As
informações estão no Sistema de Acompanhamento Processual do TCU e
disponíveis para consulta pública. Inelegíveis
Os
prefeitos e ex-prefeitos fazem parte dos 164 nomes divulgados pelo TCE
como potenciais inelegíveis. A relação foi entregue ao Ministério
Público Federal (MPF) e será a base para processos de impugnações de
candidaturas às eleições deste ano.
Segundo a legislação
eleitoral, o TCU tem de encaminhar à Justiça Eleitoral, até o final
deste mês, a relação dos gestores e ex-gestores com contas reprovadas
com base na Lei Complementar 135/2010 (Lei da Ficha Limpa).
Entre
os condenados, estão os ex-prefeitos de São Paulo de Olivença, Hamilton
do Carmo Fermin (PSDB); de Santo Antônio do Içá, Inês Baranda (PR); de
Itapiranga, João de Deus Plínio Marques (PP); de Iranduba, José Maria
Muniz (PV); de Itamarati, Raimundo Gomes Lobo (PPS); de Tabatinga,
Raimundo Nonato Batista (PSDB); e de Nova Olinda do Norte, Sebastião
Rodrigues Maciel (DEM).
O prefeito afastado de Coari, Adail
Pinheiro (PRP), também figura na lista. Ele tem três contas julgadas
irregulares pelo TCE e duas condenações no TCU, que totalizam R$ 1,3
milhão por aplicação irregular dos recursos federais recebidos em 2010 e
2011. Recordista
Entre os ex-prefeitos,
Hamilton Fermin é o que tem o maior número de condenações no TCU. De
acordo com as informações do sistema de acompanhamento processual do
tribunal, o ex-prefeito tem nove tomadas de contas julgadas irregulares e
tem de pagar R$ 2,2 milhões entre multas e devoluções. A maior
condenação é de 2009 em uma tomada de contas instaurada a pedido do
Ministério da Defesa.
Segundo o TCU, o ex-prefeito recebeu R$ 1
milhão do Ministério para construção de uma barreira de contenção de
erosão e reurbanização da margem do Rio Solimões, em São Paulo de
Olivença, mas não prestou contas dos valores recebidos. Ex-prefeitos obrigados a devolver dinheiro
A
ex-prefeita de Santo Antônio do Içá, Inês Baranda, é a segunda entre os
maiores condenados pelo TCU no Amazonas. Ela tem de devolver R$ 2,042
milhões por seis condenações. Entre elas está uma de 2009, para
devolução de R$ 1,7 milhão de tomada de contas instaurada pela Fundação
Nacional de Saúde (Funasa). Segundo o TCU, a prefeitura recebeu R$ 1,6
milhão da Funasa, em 2001, para a construção de um sistema de
esgotamento sanitário no município. Em 2003, no término do convênio, só
29% da obra tinha sido executada.
Entre os demais ex-prefeitos
que têm mais de uma condenação no TCU, os que mais têm de devolver
recursos são os ex-gestores de Nova Olinda do Norte, Sebastião Rodrigues
Maciel, e de Itamarati, Raimundo Gomes Lobo. Eles foram condenados a
pagar R$ 985,9 mil e R$ 944,4 mil, respectivamente, por não comprovação
da aplicação dos recursos recebidos.
O ex-prefeito de Tabatinga,
Raimundo Nonato Batista, tem sete condenações no TCU e tem de pagar R$
578,3 mil por irregularidades na aplicação dos valores.
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